Projeto Viva Ribeira

O Projeto Viva Ribeira começou em 1997 pela Associação dos Mineradores de Areia do Vale do Ribeira e Baixada Santista - AMAVALES. Esta associação é constituída por empresas produtoras de areia para construção civil, da qual a Pirâmide é associada e principal mantenedora, o objetivo é organizar a atividade extrativa na região. Para isso, algumas ações foram implementadas, como: coordenação e delimitação das áreas de extração e adoção de um rigoroso sistema de autofiscalização que atingisse igualitariamente todos os empreendimentos. O projeto surgiu da necessidade de fazer com que as empresas passassem a praticar ações de responsabilidade socioambiental e recuperar a imagem do setor muito desgastada por ações nocivas ao meio ambiente e por total falta de envolvimento social das empresas da região no passado.

Desde sua criação, o projeto tem promovido ações para a promoção da dignidade humana como o projeto Cidadão Catador, que deu origem à Cooperativa de Reciclagem de Registro, o Curso de Inserção Digital, em parceria com o IDESC e o patrocínio direto de estudantes e instituições de ensino e pesquisa. No âmbito de conservação do meio ambiente, destaque deve ser dado às revegetações de áreas de APP e de terrenos adjacentes aos empreendimentos associados à educação ambiental, com a participação de alunos da Fundação Bradesco, Instituto Adventista e escolas municipais e estaduais. Parceiras com instituições renomadas como a UNESP, campos de Registro e da APTA e unidade de Pariquera-Açu, possibilitaram o desenvolvimento de projetos destinados à geração de renda para a população local com o aproveitamento dos recursos naturais existentes na região.

Abaixo alguns trabalhos em parceria desenvolvidos pelo Projeto Viva Ribeira:



- Recomposição da Mata Ciliar

Uma das principais atividades do Projeto Viva Ribeira é a recomposição das matas ciliares dos rios Ribeira de Iguape e Juquiá. Durante o processo de licenciamento, as empresas mineradoras firmam termos de compromisso com a CETESB, comprometendo-se a recompor as faixas marginais dos rios com espécies nativas da região, ao longo dos terrenos onde estão instalados os empreendimentos. Cerca de 150 mil m² de áreas ribeirinhas já foram revegetadas pelo Projeto Viva Ribeira, o que representa, aproximadamente, 25 mil mudas nativas introduzidas às margens dos rios Ribeira de Iguape e Juquiá.

Regularmente os plantios de mudas são realizados com a parceria e participação dos alunos das escolas da cidade de Registro. Nestes eventos os estudantes participam de atividades interativas, teatro e palestras de educação ambiental, a fim de desenvolver e incentivar uma consciência com respeito e admiração pelo meio ambiente.

A recomposição das matas ciliares é instrumento importante não somente para a estabilidade dos taludes marginais, mas também para a preservação da qualidade da água dos respectivos rios. A mata ciliar tem, entre outras, a função de purificar a água que chega aos rios. A vegetação e a serrapilheira originada oferece uma resistência à passagem da água superficial, facilitando a penetração no solo onde ocorrem reações químicas que conseguem reter e neutralizar parte dos agrotóxicos utilizados na agricultura.



- Rio Ribeira, uma fonte de vida e renda

Um dos pontos mais interessantes da recomposição das matas ciliares é a interação que existe entre a vegetação e a fauna do rio e foi pensando nisso que o Projeto Viva Ribeira iniciou uma de suas ações mais importantes “Rio Ribeira, uma fonte de vida e renda”.

Trata-se de um estudo cientifico desenvolvidos por pesquisadores da Agência Paulista de Tecnologia do Agronegócio - APTA, no Pólo do Vale do Ribeira, entre as cidades de Registro e Pariquera-Açu.

O projeto é um estudo de ictiofauna do rio Ribeira de Iguape, com coletas sistemáticas de espécimes e monitoramento dos parâmetros físico-químicos da água do rio. A coleta dos peixes e posterior análise em laboratório visam, entre outras coisas, identificar os hábitos alimentares das espécies que povoam o rio para, numa segunda fase, orientar a escolha das espécies vegetais nativas das matas ciliares. Com isto, pretende-se aumentar a oferta de alimento para a ictiofauna e sua consequente proliferação, resgatando a vida do rio e criando mais oportunidades de pesca, tanto esportiva como profissional. No fim, de uma forma ou de outra, gerando renda para a população da região.



- A Educação Ambiental

A educação ambiental é feita sistematicamente nas unidades da empresa, focando a importância da revegetação das matas ciliares. Periodicamente com alunos de escola públicas e privadas visitam as unidades da empresa para efetuar o plantio de espécies nativas e aprender as práticas corretas de preservação ambiental. Alguns exemplos:

  • Teatro Infantil realizado pela Pirâmide para mostrar as consequências negativas da falta de conservação das margens do Rio Ribeira e as maneiras corretas de interagir com o rio.

  • Alunos do ensino médio da Escola Fundação Bradesco em visita ao viveiro de espécies nativas da Mata Atlântica da empresa.

  • Alunos do curso de Agronomia da UNESP – campus Registro, em visita a Mata Ciliar implantada nas instalações da empresa.

  • Alunos do ensino fundamental da rede municipal de Ensino de Registro participando de atividade de educação ambiental – revegetação da área à margem do Rio Ribeira.



- Projetos Comitê da Bacia do Ribeira

A Pirâmide participa e apoia diversos projetos de interesse do Comitê da Bacia e administra uma equipe de técnicos especializados, coordenados pelo Prof. Dr. Arlei Benedito Macedo, do Instituto Geociências da USP, para desenvolvimento de projetos de interesse do Comitê, voltados para a conservação dos recursos hídricos da região. Os projetos seguem três eixos, são eles:

Banco de dados eletrônicos contendo informações sobre a região em diversas áreas de estudo. Atualmente é o maior conteúdo de informações de livre uso disponível sobre a região.

  • Prevenção de Riscos Ambientais

Mapeamento de áreas críticas nos municípios da região visando fornecer informações para as prefeituras e defesas civis.

  • Acidente com Cargas Perigosas

Desenvolvimento de software para o uso de smartphones em acidentes com cargas perigosas na Rodovia Regis Bittencourt, visando agilizar a identificação do curso da substância tóxica pelas drenagens da bacia e antecipando as providências necessárias para preservar as captações destinadas ao consumo da população.